Na sequência da publicação do Regulamento de Continências e Honras Militares, de 20 de Janeiro de 1930, foram introduzidos uma série de modelos de bandeiras para uso como distintivo dos altos dirigentes do Exército Português e do Ministério da Guerra.
Os distintivos introduzidos correspondem aos cargos de alta direcção e chefia definidos na orgânica do Ministério da Guerra de 1926. As reformas profundas na orgânica do Exército, levadas a cabo na década de 1950 e que alteraram as funções e o número de cargos de direcção e chefia, deverão ter marcado o final do uso destes modelos de distintivos. Por outro lado, só em 1969 foram introduzidos novos modelos de distintivos pessoais para o Exército, o que poderá significar que os anteriores se tivessem mantido em vigor até mais tarde.
Foram introduzidos quatro distintivos, correspondentes aos cinco principais cargos do Ministério da Guerra segundo a orgânica do Exército em vigor entre 1926 e 1952. Os quatro distintivos baseiam-se nas cores da bandeira nacional. O distintivo de ministro inclui cinco estrelas, correspondentes ao distintivo a usar no uniforme por um oficial que exercesse esse cargo. Os distintivos dos outros cargos têm ao centro, o escudo nacional com um fundo em dourado ou prata. As peças do escudo não aparecem com as cores próprias, estando apenas assinalados os seus traços, correspondendo ao que na heráldica é designado "em sombra" ou "encobertas".
Ministro da Guerra |
Comandante em chefe do Exército (Major-general do Exército) |
Chefe do Estado-Maior do Exército e Ajudante-general do Exército |
Administrador-geral do Exército |
Continua
Referências consultadas
- SALES, Ernesto Pereira, Bandeiras Regimentaes do Exército e da Armada e outras Bandeiras Militares, Centro Tipográfico Colonial, 1930
- RIBEIRO, António S., Organização Superior de Defesa Nacional, Prefácio, 2004
- Decreto nº. 26 381 de 29 de Fevereiro de 1936 (Regulamento de Continências e Honras Militares para o Exército e Armada)
JOSÉ J. X. SOBRAL