vexilologia, heráldica e história

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Jun 08

A Força Aérea Portuguesa regulamentou, pela primeira vez, o modelo e uso de bandeiras distintivas dentro da instituição, por uma portaria do Subsecretário de Estado da Aeronáutica, Kaúlza de Arriaga, publicada em Setembro de 1960.

Este regulamento, com algumas alterações posteriores, acabou por se manter em vigor até 1978, altura em que foi introduzido o novo Regulamento de Heráldica da Força Aérea. Este último estabeleceu novas bandeiras e insígnias, já ordenadas de acordo com as regras de heráldica, ao contrário do que acontecia no anterior. O regulamento de 1960, acabou por ser oficialmente revogado, em 1985, altura em que o novo foi publicado em portaria.

O regulamento de 1960 estabelece, basicamente, três tipos de bandeiras: guiões da Força Aérea, guiões dos comandos, unidades e subunidades e galhardetes.

Guiões da Força Aérea

Para representar a Força Aérea Portuguesa, no seu todo, foi estabelecido o Guião da Força Aérea, em dois modelos. O primeiro, medindo 2 x 1,35 m, destinava-se a ser hasteado nas instalações da Força Aérea, num mastro próprio, colocado junto ao da Bandeira Nacional. O segundo modelo, medindo 1 x 0,80 m, seria colocado em hastes portáteis e usado como bandeira de desfile. Ambos os modelos tinham o campo da cor azul força aérea, com o emblema da Força Aérea Portuguesa ao centro. O emblema da Força Aérea consistia, na altura, no Escudo Nacional, sobre o qual assentava uma esfera armilar na qual se apoiava uma águia levantando voo; sob o escudo, um listel branco com a divisa "EX MERO MOTU"; tudo rodeado de paquifes de azul claro e prata. 

 

 Guião para mastros (bandeira de hastear) da Força Aérea Portuguesa

   

 Guião para hastes (bandeira de desfile) da Força Aérea Portuguesa

 

Guiões dos Comandos, Unidades e Subunidades

Os guiões de comandos, unidades e subunidades deveriam ser usados apenas como bandeiras de desfile em hastes portateis, nunca sendo arvorados em mastros fixos.

Os guiões dos comandos e unidades eram todos quadrados, com 0,8 m de lado. Tinham o campo de uma só cor, com o escudo do titular ao centro. Sobre o escudo do titular era colocada a sua designação. Sob o mesmo escudo era colocado um listel branco com a divisa do titular. Todos os guiões tinham o campo e as letras da divisa em azul força aérea, com excepção dos das unidades pára-quedistas que os tinham em cor verde.  As letras da designação dos titulares e as franjas eram douradas nos guiões dos comandos e prateadas nos restantes.

Foram ainda estabelecidos guiões para as subunidades, em forma de triângulo isósceles, com altura máxima de 0,35 m e comprimento de 0,50 m. Não foi estabelecida uma ordenação específica para estes guiões, estando previsto isso ser feito caso a caso.

 

 Guião de comando de região ou zona aérea

   

 Guião de unidade da Força Aérea

    

 Guião de unidade de pára-quedistas

 

Formato genérico de um guião de subunidade

 

 

Galhardetes

Os galhardetes eram as bandeiras de identificação pessoal das altas autoridades da Força Aérea Portuguesa. Destinavam-se a ser arvorados, em mastros próprios, nas instalações, onde estivessem presentes os seus titulares.  Também eram arvorados nos automóveis e aeronaves que transportassem os mesmos.

Foram estabelecidos cinco tipos de galhardetes: para o Subsecretário de Estado, para o chefe do Estado-Maior, para os subchefes do Estado-Maior, para os directores de serviço e para os comandantes de região ou zona aérea.

Os quatro primeiros tipos de galhardete  tinham as dimensões de 0,60 x 0,50 m ou 0,30 x 0,25 m, conforme fossem, respectivamente, para hastear em mastros ou para arvorar em automóveis e aeronaves. O galhardete do Subsecretário de Estado (que passaria a Secretário de Estado da Aeronáutica em 1961) era de campo azul força aérea, tendo, ao centro, uma águia em voo, de ouro, com cinco estrelas prateadas em volta. O do chefe do Estado-Maior era de campo azul, com a águia ao centro, e, sob a mesma, quatro estrelas, em ligeira circunferência. Os galhardetes dos subchefes do Estado-Maior eram de campo azul, com uma aspa de branco, tendo ao centro a águia e, sob a mesma, duas ou três estrelas, conforme fossem brigadeiros ou generais. Os dos directores dos serviço eram de campo branco, com uma aspa de azul, tendo ao centro, a águia e, sob a mesma, duas ou três estrelas, conforme fossem brigadeiros ou generais.

Os galhardetes dos comandantes das diversas regiões e zonas aéreas consistiam numa miniatura do guião do respectivo comando, com a insígina de patente do titular no cantão superior direito. A insígnia de patente consistia em uma, duas ou três estrelas prateadas, conforme o titular fosse, respectivamente, coronel, brigadeiro ou general. Estes guiões eram quadrados, com 0,5 m de lado, para uso em mastros, e 0,25 m de lado para uso em automóveis e aeronaves.

 

Galhardete do Subsecretário de Estado da Aeronáutica

  

Galhardete do chefe do Estado-Maior da Força Aérea

   

Galhardete de subchefe do Estado-Maior da Força Aérea, com patente de general

   

 Galhardete de director de serviços da Força Aérea, com patente de brigadeiro

    

 Galhardete de comandante de região ou zona aérea, com patente de coronel

 

 

J. SOBRAL


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